CONTRADIÇÃO HEGELIANA (Soneto Filosófico)
CONTRADIÇÃO HEGELIANA (Soneto Filosófico)
Na plenitude do absoluto em Hegel,
Teria a história chegado ao seu fim?
Igual à música aquática de Haendel,
A história é como rio e o seu devim
Segue vigoroso no para-si do tempo
Gerando essência na temporalidade
Ao encontrar obstáculo de momento
Altera sua direção para continuidade
Nessa força dialética de progressão
A história não termina à contradição
Atua como reforço para historicidade
Atestando, com vigor, sua eternidade
Desta forma, a história nunca terá fim
Mas sem o pensar, historicidade sim
Marco Antônio Abreu Florentino
Nota: A filosofia de Hegel produziu a controversa ideia de que há um fim na história. Essa ideia resulta do projeto hegeliano de ver a história como o progresso da liberdade.
Hegel traça um processo histórico no qual o Espírito se desenvolve na realização de sua verdade, da liberdade e da razão, na suprassunção das determinações contingentes dos povos, sendo que cada povo histórico-universal serve à realização do Espírito do Mundo e do Absoluto (Deus).
Segundo Hegel, a filosofia sempre é pertinente na medida em que se manifesta sobre o que é fundamental para o homem, isto é, sobre sua vida com as questões que lhe dizem respeito. Para tanto, a filosofia deve assumir o homem como seu objeto de consideração.
O filósofo entende a Ideia como ¨uma lógica dialética de pressuposição e (re)posição: a Ideia, ao dar início ao processo lógico pelo ato de pressupor a si mesma, se exterioriza e se abre à contingência e à história”.
Para isso se valeu do pensamento dialético de TESE - ANTÍTESE E SÍNTESE, movimento que por si mesmo, contradiz a ideia de ¨Fim da História¨.
https://youtu.be/aJ3qFdSkhh0
(Musica Aquática - George Frederic Haendel)