FRIO . . .

Noutros tempos, teu rio era menos tempestuoso,

Nadei em ti, amor, em águas tranqüilas e mansas...

Temperatura amena, sob um brilho, majestoso!

Me aliviava as tensões, alimentava me esperanças.

Não houve um dia em que em ti não me deleitava!

O mergulho em ti, era tudo em minha pobre vida,

Por horas ficava pensando em ti, quando me deitava!

Rio da minha alma, mesmo longe, depois da partida.

Lá estavas tu, em meu sonho! Deslizando em leito...

Eterno. E eu em qualquer parte do universo infinito,

Juntando à tua água, a que rola dos olhos, no peito!

Onde foi, amor, que tudo mudou? Este é o meu grito!

A qual oceano fostes se ajuntar, que águas estranhas?!

Não encontro teu delta, estou louco! Vem, me banhas...

Poeta Camilo Martins

Aqui, hoje, 09.06.2012

20:07 [Noite]

Estilo: Soneto