PASSION

Nem mesmo todo o espaço entre o céu e a terra,

sem que eu veja a morte com sua negra face...

Me traz o espanto de te ver tão frágil, minha serra!

Uma inocencia louca e explícita dor me nasce.

E nessa imensidão de sentimentos, pleno de cuidado,

Vejo a escuridão em momentos vagos de mim mesmo!

Na brecha que o tempo interpôs entre nós no passado,

Há um intransponível mundo que gira por aí a esmo.

Faz bem pouco tempo que percebí tua débil força,

de me atrair sem machucar minha tão frágil alma...

Mesmo que me apertasse assim feito uma morça,

Reagi assim como uma tempestade quando acalma!

Na mansa brisa que por ti passa ao anoitecer e se vai...

Aqui estou eu, contando minha lágrima, quando cai.

Poeta Camilo Martins

Aqui, hoje, 11.02.2011