OSSOS DESNUDOS
“Da lida sequiosa dos helmintos”
Sai rima, sai verso, sai poesia.
Mas são versos profundos, distintos
Dos que eu em outros tempos fazia.
Mas tem que ir dos infernos aos quintos,
Onde todos iremos algum dia,
E alimentar os vermes famintos,
Nos desnudar de nossa ufania.
Ao final apenas ossos desnudos,
Que acompanham parados e mudos
Todo o transcorrer da carnificina.
Quem for ao fundo, do fundo, do fundo,
Cascaviar como Augusto ensina,
Revelará essa estória pro mundo.