DIAS AMARGOS II
A Olavo Bilac
Amei. Amaste. E o amor que me fazia
tão feliz, alegre e descontraído,
deixou-me assim: O coração ferido,
infeliz, triste e contraído, um dia.
E aquela enorme dor que então sentia
dilacerando o peito, o amor perdido,
tornou-me a vida sem qualquer sentido
e sem qualquer resquício de alegria.
Por isso levo a vida tristemente
guardada no meu peito amargamente
esta saudade que me faz morrer
aos poucos, nestas marcas que ficaram,
que minha vontade de viver, tiraram.
Dias amargos, de enlouquecer...