ARREPENDIMENTO . . .
Amor, arrependo-me sim, do fundo da alma!
Por que fui te perder assim minha andorinha?
Que dia sombrio, sem visões, é meu carma...
Quanto choro, cruel dor, que vida essa minha!
Vão-se os belos dias, felizes ao teu lado, amor,
Ficam as lembranças de quando eu ainda vivia!
Hoje, apenas pequenos resquícios do teu sabor,
Que guardo na boca e suspirando é que me alivia.
Penso, mas não existo, mas é em vão recordar...
Mais saudade, mais dor! Tristeza não te amar.
E eu estou aqui, apenas vendo o tempo passar!
Na impossibilidade de ver tudo outra vez começar.
Fico a esperar o dia em que cerrarei o meu olhar,
Descansarei sem mais sofrer, pra sempre descansar.
Poeta Camilo Martins
Aqui, hoje, 25.05.2015
17h32min [Noite]
Estilo: Soneto