Parafraseando Euclides.
"Não há dor que resista ao som de uma risada". Euclides da Cunha.
Não há dor, não há, que resista, não,
não há dor, nem a de um tapa na face
não há dor, creia, que nunca passe
não há dor, seja ela a da traição.
Nem a dor do goleiro num frangão,
nem a dor oriunda do desenlace
ou a dor de quando o carro novo amasse
ou a do avarento quando perde cifrão.
Nem mesmo a dor do poeta na poesia
pois seja qual for ela alivia
Inda que a dor do adeus para a amada.
Não há dor, nem da injeção, o furo,
nem mesmo a dor do parto prematuro
que resista ao som de uma risada.
Josérobertopalácio.