O MEDO E A PERDA...
Sempre entendi o medo da perda,
E os presságios que dele se criam,
Como quem rente o dedo na felpa,
Temendo farpas que não existiam.
Economiza e o belo riso não farta,
Disfarçado e que os lábios fingiam,
Quando o rubor que nunca se tarda,
Na tensão, por desejos que vinham.
Então, quem ama vive e se castra,
Da liberdade que ao amar descarta,
No limbo coração e mente se enfiam.
Num túnel no qual a luz se faz falta,
Sem ego, sem brio e o frio se alastra,
E o medo e a perda já se avizinham.