O MEDO E A PERDA...

Sempre entendi o medo da perda,

E os presságios que dele se criam,

Como quem rente o dedo na felpa,

Temendo farpas que não existiam.

Economiza e o belo riso não farta,

Disfarçado e que os lábios fingiam,

Quando o rubor que nunca se tarda,

Na tensão, por desejos que vinham.

Então, quem ama vive e se castra,

Da liberdade que ao amar descarta,

No limbo coração e mente se enfiam.

Num túnel no qual a luz se faz falta,

Sem ego, sem brio e o frio se alastra,

E o medo e a perda já se avizinham.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 08/02/2023
Código do texto: T7714162
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