SONET...ESQUEL...ÉTICO - Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros.

Não me obrigues a fazer do meu soneto

Um esqueleto... desses shakespereanos,

Meus parceiros são os mestres do dueto,

Meus sonetos são qual nômades ciganos.

O meu poema vem da solidão dos guetos.

não espalho panfletos camonianos,

mas respeito os ancestrais mais inumanos,

soberanos dos quartetos e tercetos.

Não sou feito um estudante de piano,

temeroso dos bemóis de teclas pretas,

harmonizo, como sei, tenho esta sina

de fazer o que me ensina o desengano:

a energia que me tira das sarjetas

e me banha em água nova, cristalina.

Às 12h e 40 min do dia 29 de maio de 2022 do Rio de Janeiro. Publicado e Registrado no Recanto das Letras.