Cosmo
Olho bem para o céu extenso, não vejo o fim. . .
Algo existe no além, diz uma voz em mim!
Um pontículo aqui, que observa a imensidão,
Estou vivo, e trilhões de eras se passarão! . . .
Vou viver e morrer... formiga num jardim,
E ainda não conhecer o propínquo, outrossim.
Oh, quantos apogeus de civilização,
Formigueiros, jamais ao mundo voltarão?! . . .
Mas, do que está além, místico ser me chama
A dizer: "Vinde a mim... Vinde, oh, ser pequenino!"
E, desse céu sem-fim, beleza e luz emana.
O que, então, vem a ser a poeirinha estelar —
A Terra azul — senão um átomo divino
Onde, ao microscópio, um nume vê um lar?! . . .