A Cabocla e o Sabiá...
A cabocla aprisionada pela saudade
Caminhando pelas matas encontra um alçapão
Nele um sabiá já descrente da liberdade
Entoava seu canto triste naquela prisão
Cantava como se tivesse um espinho cravado no peito
Dolorido como pode ser um poema
Até que percebe a presença de uma moça ali meio sem jeito
Morena
A olha como quem emocionado lê pela primeira vez um Soneto
E ela o liberta, sorrindo sem qualquer medo
Não sou tão jovem para de Amor enlouquecer...
Pobre dos mortais cujo limite seja logo ali no céu
Pousa o sabiá diante de todo o romantismo de Raquel
Não sou tão velho para antes de viver esse Amor morrer...