A Cabocla e o Sabiá...

 

 

A cabocla aprisionada pela saudade

Caminhando pelas matas encontra um alçapão 

Nele um sabiá já descrente da liberdade

Entoava seu canto triste naquela prisão 

 

 

Cantava como se tivesse um espinho cravado no peito

Dolorido como pode ser um poema 

Até que percebe a presença de uma moça ali meio sem jeito

Morena

 

 

A olha como quem emocionado lê pela primeira vez um Soneto 

E ela o liberta, sorrindo sem qualquer medo

Não sou tão jovem para de Amor enlouquecer...

 

 

Pobre dos mortais cujo limite seja logo ali no céu 

Pousa o sabiá diante de todo o romantismo de Raquel

Não sou tão velho para antes de viver esse Amor morrer...

 

Raquel Cinderela as Avessas
Enviado por Raquel Cinderela as Avessas em 05/02/2023
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