Peregrinas

 

Peregrinas nas insólitas noites frias

Andas por caminhos obscuros e sozinho

A lua preanuncia-te um clarear mesquinho

Tua alma está inquieta, te angustias.

 

Ânsias secretas nas fragrâncias dos lírios

Enigmaticamente tu vais e caminhas

Desejas algo em que em teu ser aninhas...

Serenos caminhos com muita luz e brilho.

 

Densos são os rumos orvalhados e incertos

Molha os teus pés desnudos nesses labirintos

Caçando tesouros perdidos nos densos desertos.

 

Exaltas a tua fúria por falta dos carinhos

Labaredas das paixões momentâneas, instintos

Dadivosos mundos dos homens com seus ninhos.

 

 

 

 

Texto e imagem: Miriam Carmignan