Tormenta
Sentado sobre as pedras de Iracema
Na noite dum domingo solitário,
Atando pensamentos num rosário,
A ver na vida a grande Dor suprema!...
O mundo pôs em mim cruel algema
De pensador assaz involuntário
Nem todas linhas retas dum diário
Amenizariam o meu dilema!...
E penso e penso tanto em tanta coisa,
Que quando sinto que outra ideia pousa,
A minha mente logo freme e pesa!...
Ah, Deus! Tormento igual será que existe,
Que ter o pé fincado em terra triste,
Que ter a mente alada em terra presa?