Castelão do fracasso
Aquém do que se espera, sempre aquém
Um verme dentre os vermes principados
Na guerra enviei centenas de soldados,
Apenas para ver voltar ninguém...
E creio não restar-me nada além
Que ter da terra frutos malogrados,
E ouvir na corte a sátira dos bardos
A rir-me por sequer ganhar vintém...
No meu castelo velho e abandonado
Sozinho com a poeira do fracasso,
Caminho entre sombrios corredores...
Questiono os porquês, entediado,
Que meu broquel de ferro e placas d'aço
Não me protegem contra internas dores...