ROTINA
Vivo acabrunhado por terrível solidão,
Constrangido perante a vida retrógada
Do homem que se embebe de droga
E, para sustentar seu vício, vira ladrão.
Vivo anestesiado perante os escrúpulos
Que não existem por parte dos viciados,
Maltratam inocentes, vivem em embalos,
Assaltam em qualquer lugar: esdrúxulos!
Vivo perturbado: já não existe segurança,
Em nossa própria casa o gatuno se lança
Buscando valores para manter seu ópio...
É necessário trancafiar-se o mais pesado,
Sair à rua apenas para buscar o desejado
Para sobreviver e isso já é um sacerdócio!
DE Ivan de Oliveira Melo