CÁRCERE
Não prendes, isola, amarras assolas
Aprende: a mente encanta enamora,
Sou crente, uma mãe de joelho implora
Reacende: uma vida brilha lá fora.
Minha vida num pedágio a pagar
Meu físico fraco a titubear sem suportar.
Escapa aqui e acolá um grito seco enlaçar
Um delito sã a reparar, pago apago andarilhar.
Desponta uma fênix esperança cintilar
Num arrochado sentimento embrulhar
Ave branda a entoar um canto novo endossar.
Uma força prende, minha ânsia repreende
Mesmo numa corrente um sol incandescente
Minha vida crescente libertária regente.