Desalento da Paixão

Minha alegria tornou-se choro;

O meu deleite cerrado pranto,

A esperança tornou-se espanto;

Na saga infinda por um tesouro.

Fui alvejado por um mancebo;

De formosura além da arte

De solidão min’alma invade,

Com desventura e desapego.

Da escuridão o rubro negro,

Que apetecia voraz vontade

Que no meu peito ainda arde.

Aquela insana voz de desejo;

Cuja magia hoje resvala

Como areia pelos meus dedos.

Gilmar Ramos
Enviado por Gilmar Ramos em 29/01/2023
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