FIGURATIVO
FIGURATIVO
Cinjo-me de sinestesia para entender o mundo,
Porque tudo requer uma mistura de sensações...
Logo sou cativo, identifico que nas erupções
Que surgem têm um pedacinho de cada segundo.
Cinjo-me de metáforas para comparar-me a tudo,
Pois estabelecer paralelos é coisa de particulares
Que se apoiam nos noventa graus perpendiculares
E nos vértices que se abrem e nada se torna mudo.
Cinjo-me das perífrases para que adote outro nome,
Porquanto na excelência da vida o que se consome
Encontra-se impregnado do perfume que incendeia
O abstrato em que se forma o substancial concreto...
Nada disso é sonho, é a realidade e estou desperto
Para usar da metonímia tudo o que existir na veia!
DE Ivan de Oliveira Melo