TORMENTA

Ouço o ruído das ondas sobre as pedras

E percebo o quanto o mar está bravio...

Na areia, a espuma se desfaz e espio,

Na agitação, como as vagas se quebram.

Gigantescos torvelinhos formam, alhures,

Depressões profundas nas águas revoltas

Que rompem, no silêncio, o perigo doutras

Escuridões que bailam sobre os vislumbres.

Adiante, mais além-mar, ocorrem procelas

Que se atiram sobre a tempestade e, nelas,

Um ir e vir inebriadas de fortes ventanias...

Assobios da natureza sobre fértil borrasca

Atraem albatrozes e gaivotas que arrastam,

Do esplendor, a magnificência das fantasias!

DE Ivan de Oliveira Melo

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 28/01/2023
Código do texto: T7705918
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