Nos halls de Saudade
Num canto bem distante da Eternidade
Construí, do tempo e espaço isolado,
Minha morada – à qual hei batizado
Com o nome tão bonito de SAUDADE.
Recriei com cuidado e fidelidade
Paisagens – visões – rostos de meu passado;
Tudo como outrora foi, inalterado
Pelo sacrílego toque da Idade.
E cá em Saudade, idêntico é todo dia:
Alheia ao tempo, nada de novo acontece
E as lembranças são minha única companhia.
Nenhuma delas (somente eu) envelhece;
E todo dia se repete o mesmo dia
Dia a dia – dia a dia se evanesce…