Nos halls de Saudade

Num canto bem distante da Eternidade

Construí, do tempo e espaço isolado,

Minha morada – à qual hei batizado

Com o nome tão bonito de SAUDADE.

Recriei com cuidado e fidelidade

Paisagens – visões – rostos de meu passado;

Tudo como outrora foi, inalterado

Pelo sacrílego toque da Idade.

E cá em Saudade, idêntico é todo dia:

Alheia ao tempo, nada de novo acontece

E as lembranças são minha única companhia.

Nenhuma delas (somente eu) envelhece;

E todo dia se repete o mesmo dia

Dia a dia – dia a dia se evanesce…

Galaktion Eshmakishvili
Enviado por Galaktion Eshmakishvili em 27/01/2023
Código do texto: T7705257
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