Comunhão
A lua a divagar embalsamada
Em sépia de vapores doloridos
Recorda saudosista tempos idos,
E sorri tristemente para o nada...
E estrelas que brilham de madrugada
Reluzem dos fulgores deprimidos,
Dos astros em outrora tão vividos,
A essência da luz frígida e ofuscada...
E eu, cabisbaixo rente à janela
Divago-me também pensando nela,
E comigo também a noite chora...
Se ouço o vento que vem e logo some
Escuto acompanhado do teu nome,
O pranto que repete: "foi-se embora!..."