Soneto do Anjos
Aproxima-te, pois da Morte, em vão
No sibilante e sujo leito solitário
Não o seria por falta de imediação
Mas por não seres aquele, o, signatário
Da expectação virulenta e desapiedade
Não lhes conotes significantes açores
Não haverá a confirmada contiguidade
Só para ti e aos teus, escarnecedores!
Na fugacidade constante desta dor
Situa-se ausência de brilho, de cor
Mas nunca ver a opacidade do pedir
Já não terás como postergar a tua hora
Imaginais, pois, o teu farnel , devora
Pois pretéritos são teus avoengos.