DA FÉ
Vinde corvos, chacais, ladrões de estrada;*
vinde qual quem usurpa a minha paz...
fazer de mim tão simplesmente nada:
Oh, seus ladrões de estrada, corvos, chacais!
Vinde regozijar-se com meus ais
nesta manhã de outono ensolarada...
E de cólera, ódio, inundais
a minha vida: difícil jornada!
Vinde com vossas línguas venenosas,
externar vossas mentes maliciosas
sobre meu jeito brando de viver.
Que eu, do altar do meu pensamento,
vou rezando com fé todo momento,
pois este é o destino de quem crê.
*Verso de Mário Quintana.