TATTOO
Não quero essa vida louca, súplice
como a vida notívaga dos boêmios.
E, depois, receber um duro prêmio
por levar uma vida fútil, dúplice.
De forma alguma quero ser cúmplice
do mal que vem agora no proêmio,
exortar minha vida por milênio,
de maneira exótica, multíplice.
Quero levar a vida sem vestígio
de qualquer falha ou de qualquer litígio
que carrega uma vida antepassada.
Não dessa forma hostil, por vezes reles,
impregnado, eu sei, na minha pele,
e, em cada encarnação, mais tatuada.