Eterna Despedida
Nunca, jamais, estranho viajante,
Os monstros das aventuras milenares
Iguais a ti, os que partiram, aos milhares,
Voltaram a esta Terra Deslumbrante!
Quilha de um imenso barco desejante!
A tua língua é o teu grandioso leme.
O teu cérebro, de tanto guiar-te, geme,
Na tua insaciável mente delirante!
Longe do cais, aos caos de rios e mares,
És mais um arredio nômade dos lugares,
Ancorado nos fragmentos dos teus outros eus...
A tua vida é uma Nau que te conduz ao Fim...
Ó desorientado moribundo igual a mim...
Um dia, hás de dar ao mundo teu Eterno Adeus...
Jeazi Pinheiro Souza — "Mensageiros"