Passageiros no Inferno
Invisíveis, cicatrizes do Inferno
Estão em tantos, todos em comunhão
Não há saída, esse martírio tão eterno
Tão terno Caim matando seu irmão
Enquanto o calor anuncia o verão
Seguimos calando o frio deste inverno
Sem abraços, beijos nem apertos de mão
Irmãos e rivais de rancor fraterno
De tal que tantos arderam no lago
um débito precocemente pago
Fogo aqui, dor, sangue e enxofre acolá
Se a dúvida da existência persiste
Lembre-se: o Inferno apenas existe
Pra aqueles que já passaram por lá