Urutau
O pássaro fantasma dos quebrantes
Seduz a escuridade com endechas
E como se captasse suas queixas,
A noite asssopra os ventos ululantes.
Os olhos nem estrelas flavescentes
Brilhando duma forma tão sestrosa
Lembram duas esferas vaporosas,
No escuro, a levitar sublimemente!
Da Terra a pluma herdou a sobriedade
A camuflar-se qual uma entidade
Na mata densa, mágica e secreta...
Lamenta em cantarejos ecoantes
A dor que se parece, por instantes
O pranto dos augúrios dum poeta!