Balada de amor fraterno
A ponte velha dos meus olhos negros,
plangentes como os violões de Andorra...
Embaixo - em cima - livres na gangorra
da sinfonia "Ma non troppo allegro"...
As vastas chuvas pelos meus cabelos
nos nossos abraços de noites pálidas...
Luas de prata, mel, vinho e crisálidas...
Enfim livres como reis sem castelos...
Como horizontes que repousam cedo.
Como os garotos que não têm segredo.
Como a manhã que abraça outro navio.
Como a chegada de um presente lindo.
Como olhos que se tocam no vazio.
Como o caixão do invejoso partindo.