Musa das aparências
A juventude dói
Com seu tempo contado
E aparentemente inesgotável
Fecundo e infecundo
A juventude clama por socorro
E a lucidez auxilia o presente
Que eternamente engana e engalana
O passado ofegante e premente
A juventude?
Musa das aparências, reluta
E efêmera se entrega ao inexorável
Chronos que a nada teme
E espatifada pela finitude: sobrevive
No olhar, no verso, e na vontade infinita