Chuva de poeirinha
Ah, o sol continuava com o seu pijama.
Cama de nuvem que se fez também coberta.
Encoberta a luz, ‘cinzudo’ era o panorama.
Flama nenhuma; nem sabia se desperta.
Oferta de frescor; agora sem a lama.
Chama para um aconchego que paz disserta.
Liberta toda preguicinha que se aclama.
Gama absoluta de tranquilidade certa.
Aberta à manhã; fresca e isenta de drama.
Fama de beleza, mesmo nublada: acerta.
Deserta de clarão; estatiza, embalsama.
Inflama a natureza; beleza que flerta.
Desconserta-se com a brisa e dança a rama.
A grama sorve chuva de poeirinha, aberta.
Uberlândia MG