Permissão
Na paixão por ti ansiada, não decorreu amor;
nem ao menos importou-se para o que sentias,
fez inúmeras negligências de tua angústia e dor,
mas ainda tens, em teu coração, as tuas poesias!
Desejara eu estar em pedaços dos teus poemas,
assim sendo, em teu peito não existiria a solidão,
retratarias do amor as mais deslumbrantes cenas,
e em afeto, eu aportaria cravada em teu coração.
Os teus versos serenos e carinhosos, eu os teria,
e não em quatro paredes, mas na alma com paixão,
sem embargo de que só uma frase me dedicasse!
Em teu terno coração, infelicidade jamais haveria,
nem qualquer esmorecimento ou tola desilusão,
se permitisses, que meu coração ao teu ancorasse!