~ A voz do meu silêncio ~
A voz do meu silêncio é mais profunda
Que o vasto pensamento ousado e cálido,
Qual canto descontente, horrendo e pálido,
Nas ondas das correntes bem mais fundas!
Quisera me ausentar da esfera e tunda,
Que exalo desde outrora um odor esquálido,
Nas sombras deste olor insano e inválido,
Que o dano e a crueldade é barafunda!
Quando partiste, oh! Amada venturosa,
Levaste os meus mais puros sentimentos,
Aos vales — e aos etéreos firmamentos!
Vivemos esse amor num mar de rosas,
Às voltas d’um Universo, em mores ventos...
De ardores e desejos — sem tormentos!!
Pacco