Sol veranil
Mal dá cinco da manhã,
folhas cobertas de orvalho;
dia surge quieto, sem o afã,
logo sai-se para o trabalho.
Vêm, fortes, o calor e a luz,
fica-se mais disposto a sorrir;
desparece a expressão de cruz,
corpos pulsam para rugir.
Ele desperta com força varonil,
dispara libido, pulsão e desejo,
comanda intenso fogo juvenil.
Espanta a malemolência senil
Instila bons ânimos e um lampejo:
é ele; o rei! Nosso Sol veranil!