A pressa é inimiga da perfeição

Insulto

Quem lê este soneto (minha gente),

Que, apressadamente, levo à pena,

Há de notar o quanto é pequena

A força da gramática vigente.

 

Pois este é um soneto diferente

De todos os soneto que já fiz.

É como um baobá que, sem raiz,

Balança ora pra trás, ora pra frente...

 

E por ser feito às pressas, não respeita

A rima, nem métrica perfeita,

Como se fosse feito a facão.

 

E, para fazer jus à plebe rude,

Sentei a mão na pena, o mais que pude,

Só para insultar a perfeição.

 

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 04/01/2023
Código do texto: T7686582
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