SONETO – Frustração – 11.02.2022 (PRL)

As horas se consomem lentamente,

Mas não consigo ao menos cochilar,

Um baita dum relógio a minha frente,

Contando as horas que iremos ao mar...

Ouço até mesmo todo o marulhar,

Água raivosa mostra-se inclemente,

E a tempestade forte a desabar,

A pescaria torna-se descrente...

Certo é que peixe algum ninguém veria,

Os pescadores perdem novo dia,

As nuvens cinzas fecham a visão...

Àquela gente, nova frustração,

Foram-se o tempo e a força de trabalho,

Esse artesão precisa de agasalho.

SilvaGusmão

Jangada ao mar - Praia de Paçucara - Alagoas.- Fonte - Internet/Google.