SONETO DO FINDO ANO

Como no findo ano, não se foi perfeito

Fez-se erros, omissões, pouco o temor

Inundou de desdém e até ódio o peito

Na retrospectiva o coração é recompor

O rito solene de se dar aquele jeito

Deixa na fraqueza a fé no Criador

Vergando ao ter e ao prazer já afeito

Nos dias, em dias sem afeto e calor

Porém, também, tem o bem, feito

Arauto de glória, coroado com flor

Onde o coração implora preceito

Então, que se possa ter o crédito eleito

Em saber ler e escrever a fala do amor

Amando, se doando, sem preconceito...

Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Dezembro, 2016 - cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 30/12/2022
Código do texto: T7682710
Classificação de conteúdo: seguro