SONETO DO FINDO ANO
Como no findo ano, não se foi perfeito
Fez-se erros, omissões, pouco o temor
Inundou de desdém e até ódio o peito
Na retrospectiva o coração é recompor
O rito solene de se dar aquele jeito
Deixa na fraqueza a fé no Criador
Vergando ao ter e ao prazer já afeito
Nos dias, em dias sem afeto e calor
Porém, também, tem o bem, feito
Arauto de glória, coroado com flor
Onde o coração implora preceito
Então, que se possa ter o crédito eleito
Em saber ler e escrever a fala do amor
Amando, se doando, sem preconceito...
Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Dezembro, 2016 - cerrado goiano