Soneto dolente
Amargurado estou eu, aqui, agora,
Meu peito sangra e bate em desarmonia.
Uma tristeza sorrateira me devora,
Infelizmente atinge a minha poesia.
Ora eu clamo: Oh meu Deus, me leve embora!
Por onde eu ando, só encontro ironia.
Não vejo ocaso, arrebol e nem aurora,
E dor imensa nos meus versos, principia.
Nesse momento, triste fico a escrever,
Pois sinto agora em meu ser, tamanha dor
Tirando a minha alegria de viver.
Oh grande Deus, traga de volta o primor!
Pois doravante, já começo a fenecer
Sem paz, sem brio, sem estima e sem fulgor.