Soneto dolente

Amargurado estou eu, aqui, agora,

Meu peito sangra e bate em desarmonia.

Uma tristeza sorrateira me devora,

Infelizmente atinge a minha poesia.

Ora eu clamo: Oh meu Deus, me leve embora!

Por onde eu ando, só encontro ironia.

Não vejo ocaso, arrebol e nem aurora,

E dor imensa nos meus versos, principia.

Nesse momento, triste fico a escrever,

Pois sinto agora em meu ser, tamanha dor

Tirando a minha alegria de viver.

Oh grande Deus, traga de volta o primor!

Pois doravante, já começo a fenecer

Sem paz, sem brio, sem estima e sem fulgor.

Valério Márcio
Enviado por Valério Márcio em 07/12/2007
Reeditado em 07/12/2007
Código do texto: T768203
Classificação de conteúdo: seguro