PERAMBULANTE

PERAMBULANTE

Andando à toa tenho descoberto

Pequenas maravilhas da cidade,

Na qual vivo faz anos… Na verdade,

Somente agora eu ando d’olho aberto…!

Por senhor de meu tempo e liberdade,

Flano por avenidas, longe ou perto,

Tão-só a recolher do dia incerto

Uns lampejos de intensa claridade.

Não distingo se mísero ou se pródigo

Serei eu por seguir meu próprio código,

Enquanto perambulo pelas vias.

Vou, por assim dizer, o tempo todo

Poetando iluminuras sem o engodo

De toda compra-e-venda de alegrias.

Belo Horizonte - 20 12 2001