FRUTO PROIBIDO


Clarividências mansas, um jeito de andar.
Sussurros noturnos, seu semblante em mim.
Para sempre, os seus olhos pervertidos,
Sempre meigos, sempre tão seus.

E se te abraço, assim, calmo e feliz,
Sinto-me levitar por entre você,
Certo de estar, por um tris, contigo, 
Seu grande amigo, seu grande amante.

Sua juventude eu toco e posso ver,
Não espero mais do vem depois,
Todavia, uma poesia decifrada virá.

Pura e provocante como uma tarde,
Namoradeira espontânea do acaso,
Tateio tua cor marfim em encantos.



                                 BRASÍLIA, 07/12/2007