O badalo

Soava forte, grande, completo;

baloiçava qual pêndulo liberto.

Parecia rijo, cabeça de aço;

valioso, como joia de ricaço.

Peça importante ao fazer do som;

afinado, para não perder o tom.

Regularmente, à hora, tocava

e não poucos, de pronto, excitava.

Precisava ir para examinar

essa obra de talentoso artesão;

ver de perto para contemplar.

Olhando-o por baixo, o badalo,

vem-me a surpresa e tensão:

era um nobre e elegante falo.

René Henrique Götz Licht
Enviado por René Henrique Götz Licht em 26/12/2022
Código do texto: T7679797
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