A IRRACIONALIDADE DA DOR...
Nem sempre a dor se elimina,
Jogando-se aos próximos braços,
Ou se negando na alma os traços,
Que a noite por maldade os ilumina.
Quando a matriz já a determina,
A zombar na carne em retraço,
Em mostrar o eterno erro crasso,
E mesmo assim, não o abominas.
É tomada a mente por descaso,
A razão que se perde no espaço,
É a mesma que repele e domina.
A verdade e a mentira entre laços,
Sem causar qualquer desembaraço,
E o vazio no peito então predomina.