A IRRACIONALIDADE DA DOR...

Nem sempre a dor se elimina,

Jogando-se aos próximos braços,

Ou se negando na alma os traços,

Que a noite por maldade os ilumina.

Quando a matriz já a determina,

A zombar na carne em retraço,

Em mostrar o eterno erro crasso,

E mesmo assim, não o abominas.

É tomada a mente por descaso,

A razão que se perde no espaço,

É a mesma que repele e domina.

A verdade e a mentira entre laços,

Sem causar qualquer desembaraço,

E o vazio no peito então predomina.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 23/12/2022
Código do texto: T7678506
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