IN MEMORIAN DO COVEIRO
Meia noite na decrépita e suja cova
Meus demos e o morcego hematófago
Na parva demência orgânica o aziago
Mordendo a goela do morto na desova.
Mandou erguer o túmulo que renova
Ergo-o tremendo do álcool xilófago
Um olho furado e o ser antropófago
In Memorian do cadáver uma ova.
Chego ao delírio e tenho uma vil morte
Minha palidez desaparece sem sorte
No ventre da terra escura e imunda.
Concordo com Morgan a tão temida
Mágica dantesca da treva Cérbero
Insignificante homem sem cérebro.
HERR DOKTOR