Soneto à Dois...
A febre sobe-me as veias,
Os músculos agigantam-se, completamente,
Querer ser tocada é algo que te incendeias
E o teu corpo já pede, totalmente.
Visgos ou qualquer coisa que nos une,
Não há cansaço, só ápice ardente!
Com todo o fluido que nos pune,
Ou nos banha de amor, simplesmente.
Pernas, braços que se confundem!
Num bailado perfeito ou imperfeito
Eis que são fatos que se resumem,
E o descanso é o teu rosto no meu peito.
Apenas um suspirar, pra logo depois,
Refazer tudo que se faz a dois...
Rio de Janeiro, 05 de Abril de 2005.