Papai Noel do Parnaso
As cãs a realçar a tez escura.
A barba branca, o sorriso largo.
Semblante entre o doce e o amargo.
Quem será que criou esta figura?
Na poesia, o verso se aventura
Por todas as nuances dum soneto,
E faz Papai Noel, em branco e preto,
Mais preto do que branco, a certa altura.
Eis o papai Noel Parnasiano:
Um negro que varou o oceano
Pra desfazer um mito atemporal.
E embora raramente seja visto,
É parte do legado que o Cristo
Nos deixa, de presente, no Natal.