O colosso
Minha mente é um oceano a bramir
Com mil ideias – fragmentos inacabados –
Flashes de lembranças de anos passados
Num vaivém de ondas a se confundir.
E em suas águas devo sempre imergir,
Apanhando o que posso de todos os lados;
De volta à terra, tento com meus achados
Um monumento, um belo colosso erigir.
Com paciência os acabo por modelar
Numa régia cabeça – num pé – numa mão –
Mas todo o corpo nunca consigo acabar.
Assim são meus poemas: uma coleção
De restos que um todo mal podem formar,
Sobras duma Atlântida em decomposição…