Minha amiga Siomara (Mara)



 

...serenatas, bailes, cuba-libre, cigarros fumados na surdina, tardes de boliche no Clube, choros e risos que dividíamos igualmente, madrugadas que se transformavam em dias e nos flagravam conversando; trocando confidências, com a confiança que só mesmo, os verdadeiros amigos usufruem.

Quanta felicidade da qual não nos dávamos conta!

- Quando conheci você, eu devia ter em torno de cinco ou seis anos de idade...

Já pressentia a grande amizade que nos envolveria para sempre! Hoje estamos longe...

A mais de vinte anos não nos vemos!

Mas, os corações estiveram sempre muito perto e conservo nitidamente em minha memória, a moça linda e tão requisitada, que seguidamente abria os bailes, pois na época, ninguém dançava tão bem como você...

É singela a minha homenagem, mas, transborda de carinho e ternura!




SE A VIDA TE ASSUSTAR

 

 

Se novamente a vida te assustar,

venha até mim, amiga, eu te acolho...

Em minhas mãos, a tua irei guardar,

e vou secar o pranto do teu olho...

 

 

Senta ao meu lado e soluce as palavras...

Hei de guardar comigo o teu segredo.

Da ruína dos sonhos que lavravas,

do riso alegre que  calou no medo...

 

 

Vou ouvir você qual uma canção,

com ouvidos atentos de ternura...

Que se ama e se traduz em oração.

 

 

Então recordaremos nossa vida...

Aquela antiga, que ficou lá atrás.

Do nosso tempo, as flores preferidas!

 

 

 

 

 

 

 

 

Zélia Nicolodi
Enviado por Zélia Nicolodi em 06/12/2007
Código do texto: T767461
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