COAÇÃO

Anelei meus sonhos em ombros postiços

E me vi nauta duma vergonha sentimental

Que abalou meus bastardos desejos e mal

Me depus a matutar sobre tantos feitiços...

Belicosos devaneios são atores de sinagogas

E vivem a estuprar os adolescentes pensares

Que vagueiam libertinos sobre inúteis oásis,

Onde a vida inflama e grita, mas não empolga.

Numa espádua sequiosa de arrebatamentos

Inalei o vértice do amar a controle dos ventos,

Balbuciei trechos oníricos, sonhando o psíquico!

No remate do indolor anátema que é a paixão,

Vi-me coagido a desabrochar inteiro o coração

Para que o amor pudesse fluir límpido e lírico!

DE Ivan de Oliveira Melo

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 16/12/2022
Código do texto: T7673444
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.