Dar abrigo ao coração
Piso firme, afundo meus pés na areia molhada
Ondas capciosas rebentam fortes e farfalhadas
Batem, rebatem, lapidam sutis nos compassos
Escoam, voltam livres para ocupar seus espaços.
Cores divergem numa seara de outros prismas...
Luzes polarizadas emanando sutilezas, carismas
Alternando farturas que correm em nossas veias
Alimentando nosso coração, sangue que vagueia.
Derrotamos os inimigos, mas não o nosso abrigo
O coração pulsa quieto e pede socorro, silencioso
Deseja ficar aqui juntinho num aconchego amigo.
Com as múltiplas sensações e emoções vibrantes
De um ser que vibra pela vida, compõe corajoso
Exalta sua altivez arrojada, compartilha delirante.
Texto: Miriam Carmignan