Medo do destino

Na iminência das tardes melancólicas,

Em meu quarto de sombras, encerrado,

Sou envolto pelas névoas mais letárgicas,

Do que aquelas que invoco do passado.

O agora a proceder sempre me assusta,

Doente da incerteza que consome...

Tempo é uma lesma que se arrasta,

Os minutos são insetos que me comem...

Deitado em minha cama me pergunto,

Desde quando tornei-me tal defunto,

Do mal que minha vida acometeu,

Mas quando escuto a voz da consciência,

Ouço-a a repetir, com veemência,

O nome de um culpado: é o meu!

12/12/22

Daniel Guilherme de Freitas
Enviado por Daniel Guilherme de Freitas em 12/12/2022
Reeditado em 22/12/2022
Código do texto: T7670204
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