Um diálogo
ANASTASIA:
“Bem sei que um dia de mim vais te esquecer,
Ó meu querido: és um vate, afinal,
E como vate procuras um ideal
Que nesta Terra pode, talvez, não haver –
E, dentre tantas, sou uma mera mulher,
Que decerto não mais lhe será especial
Quando um anjo celeste, um ser divinal
Tua devoção e teus versos merecer.”
EU:
“Com tolices não preenchas teu coração,
Minha alma-irmã, força motriz de meu pensar
E de meus versos única inspiração –
‘Uma mera mulher’? És a única que há!
Todas as outras de ti são derivação,
Que à original não podem se comparar…!”